Três alunos da Escola Secundária Quinta do Marquês, em Oeiras, representaram Portugal na MOSTRATEC – Mostra de Ciência, Inovação, Tecnologia, Empreendedorismo e Cultura, realizada em Novo Hamburgo, Brasil, entre 27 e 31 de outubro de 2025.
A participação foi conquistada após a equipa ter alcançado o 4.º Prémio no Concurso Nacional de Jovens Cientistas, promovido pela Fundação da Juventude em maio deste ano.
O projeto surgiu no âmbito do Clube Ciência Viva da escola e foi orientado pela professora Maria Tomaz, com o apoio da cientista Paula Duque e do seu grupo de investigação no Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (GIMM). Os alunos Carolina Gomes, Gabriel Lima e Mariana Duarte desenvolveram, ao longo de dois anos, a investigação “Drought-induced MicroRNA mediated Plant Communication in Arabidopsis thaliana". Demonstraram que as plantas sujeitas à seca regulam negativamente um gene específico, o gene AFB1, e que essa mesma resposta também ocorre em plantas vizinhas não expostas diretamente à seca, evidenciando que as plantas comunicam entre si e ativam mecanismos de adaptação em plantas vizinhas. A professora Maria Tomaz destacou o apoio da equipa liderada por Paula Duque, “incansável e disponível desde o primeiro dia, apoiando a investigação realizada que necessitou de recomendações técnicas e de condições laboratoriais que não seriam possíveis de realizar nos laboratórios da escola". 
Na MOSTRATEC, os jovens apresentaram o seu trabalho perante um público internacional, num evento que reuniu 760 projetos científicos desenvolvidos por estudantes do pré-escolar ao ensino universitário, provenientes de 20 países. O projeto recebeu vários elogios de avaliadores e participantes.
Alunos e professora sublinham que a participação permitiu desenvolver competências de comunicação, ampliar redes de contacto e viver de perto a experiência de fazer ciência. A comitiva portuguesa integrou ainda atividades culturais, como demonstrações de dança, música e poesia, e participou numa digressão pelas cidades de Gramado e Canela, na Serra Gaúcha.
Regressaram a Oeiras motivados para continuar o trabalho e publicar um artigo cientifico com os resultados obtidos e referem que vivenciaram "muitos momentos felizes e enriquecedores, desde a partilha entre culturas até à troca de conhecimento cientifico com alunos de vários cantos do mundo".
A iniciativa foi possível graças às agendas de Educação, Ciência e Inovação do Município de Oeiras, que promovem o ensino em ambientes colaborativos e dinâmicos. Destaca-se o papel dos Clubes Ciência Viva, a parceria com o GIMM e do apoio do InovLabs, que possibilitou a construção de um modelo em 3D da Arabidopsis thaliana para apresentação no Brasil. 
Esta participação evidencia o impacto positivo da ligação entre centros de investigação do concelho e as escolas locais, promovendo o envolvimento direto dos alunos com cientistas e projetos de investigação e tornando a ciência mais acessível, inclusiva e participativa.