Ignorar Comandos do Friso
Saltar para o conteúdo principal

Skip Navigation LinksRui-Prada-o-Rosto-da-Ciência-que-quer-aproximar-a-Engenharia-dos-cidadãos-de-Oeiras

Rui Prada, o Rosto da Ciência que quer aproximar a Engenharia dos cidadãos de Oeiras Notícias

17/02/2022
Rui Prada, o Rosto da Ciência que quer aproximar a Engenharia dos cidadãos de Oeiras

ENTREVISTA | Rostos da Ciência



O "Engenharia para Todos" é um projeto promovido pela Câmara Municipal de Oeiras e o Instituto Superior Técnico, com o objetivo de promover a literacia científica e tecnológica da comunidade de Oeiras.


 
O projeto "Engenharia para Todos" é uma iniciativa desenvolvida em parceira entre a Câmara Municipal de Oeiras e o Instituto Superior Técnico, no campus do Taguspark, em Oeiras. O "Engenharia para Todos" visa a promoção de competências em áreas da Ciência e Tecnologia, nomeadamente em engenharia, matemática, física, gestão, e ciências da computação.

Esta iniciativa conta com atividades abertas à comunidade de Oeiras que desafiam os participantes a refletir e agir perante problemas e desafios de Ciência e Engenharia. As atividades desenvolvidas neste projeto procuram também unir a Ciência e a Arte, através da partilha de experiência em palestras, discussões temáticas e oficinas de aprendizagem.

Conheça melhor o "Engenharia para Todos" através das palavras de Rui Prada, o "Rosto da Ciência" que coordena esta iniciativa e que pretende aproximar a Engenharia aos cidadãos de Oeiras.


    Quando e em que contexto surgiu o Projeto "Engenharia para Todos"?                                                                                              
O projeto "Engenharia para Todos" surge no contexto do memorando de entendimento assinado em 2020 entre a Câmara Municipal de Oeiras e o Instituto Superior Técnico (IST), é um dos pontos de colaboração entre as duas instituições. O nascimento deste projeto criou a oportunidade de fornecer uma oferta mais integrada e mais abrangente de algumas atividades já desenvolvidas pelo IST, aproximando esta instituição de ensino, em particular o seu campus do Taguspark aos cidadãos de Oeiras.


    Quais são os propósitos e mais-valias da existência do "Engenharia para Todos"?                                                                            
O projeto visa promover a literacia científica e tecnológica das pessoas. As atividades do projeto expõem os participantes a problemas e desafios de Ciência e Engenharia, envolvendo-os de formas variadas através de palestras, discussões temáticas e oficinas de aprendizagem.
Esta iniciativa tem como objetivo o aumento do contacto prático com os temas e procura incentivar a curiosidade e espírito crítico dos participantes. Por outro lado, exploramos também iniciativas que juntem a ciência e a arte, com base numa vertente forte de experimentação, desafio e criação de artefactos.
O "Engenharia para Todos" começou numa primeira fase com atividades para as escolas do Concelho, mas depressa se tornou mais abrangente para incluir, por exemplo, atividades mais continuadas ao fim de semana e instalações em espaço público. O nosso público-alvo é atualmente mais abrangente, não se limitando apenas aos mais jovens.

    Quais são as principais iniciativas que o "Engenharia para Todos" está a desenvolver para o futuro do projeto?                          
Para este ano temos previstas oficinas sobre economia circular, eletrónica e soldadura, robótica, programação, criptografia e design de jogos. Estas iniciativas são dirigidas para jovens, através das escolas e parte delas como atividades nas férias de verão.

Temos ainda planeadas conversas com os nossos cientistas e sessões de discussão crítica sobre as tecnologias que aparecem nos filmes. Nestas atividades, os participantes são convidados a visitar os nossos laboratórios e a participar em alguns dos nossos eventos, nomeadamente na Montra de Jogos que organizamos anualmente.

Estamos também a preparar um conjunto de atividades de duração prolongada (cerca de 3 meses), aos fins de semana, permitindo, assim, aprofundar melhor os temas. Uma delas centra-se na criação de uma cidade inteligente, aplicando técnicas de impressão 3D, sensores e automação, e a outra foca-se no desenvolvimento de videojogos.

Pela primeira vez, vamos introduzir uma terceira atividade que incidirá na construção de um robot. No futuro, pretendemos estender este tipo de oferta com o desenvolvimento de atividades de inteligência artificial, o espaço e satélites, aproveitando o lançamento futuro de um satélite produzido no IST.

Uma das iniciativas inovadoras que estamos a começar passa pela criação de experiências em espaço público, que sejam simultaneamente peças de arte. A primeira, será uma experiência de física clássica de um pêndulo, que pode ser realizada remotamente, através da Internet, ou no local, em frente à peça. Pretendemos desenvolver ainda mais esta ligação entre a ciência, a tecnologia e a arte, convidando um artista residente a produzir e a discutir arte no campus do IST, no Taguspark, em Oeiras.

Por último, gostava de referir que estamos a montar um conceito novo de laboratório aberto com mais iniciativas, ainda em discussão, e ferramentas que levem a ciência mais facilmente e diretamente a todos, indo ao encontro dos espaços que os cidadãos frequentam. Por exemplo, pretendemos criar um autocarro que funcione como um laboratório de atividades itinerante.


                                                                                                                                                                                   Como reagiu a comunidade escolar de Oeiras às atividades desenvolvidas no âmbito do projeto?                                                                                                                                                                                         
O projeto teve vários desafios devido à situação pandémica, mas as atividades que conseguimos 
realizar correram muito bem. Todas tiveram uma participação entusiástica dos jovens de Oeiras 
e da nossa comunidade no IST.


    Qual é o balanço que faz da sua experiência no "Engenharia para Todos" e como perspetivam o futuro do projeto?                   
A forma positiva como correram as atividades faz-nos querer desenvolver cada vez mais e fazer crescer este projeto. O projeto "Engenharia para Todos" está a conseguir concretizar a nossa visão de aproximar as pessoas ao IST e de criar oportunidades para os cidadãos construírem coisas reais, incluindo no domínio digital, e entenderem como funcionam. Acredito que os participantes tenham ficado com a semente da curiosidade, querendo fazer e entender mais.

Para o futuro, para além do desenvolvimento das iniciativas que já referi, queremos atrair mais raparigas para as áreas da engenharia. Temos essa preocupação no projeto e estamos a desenvolver estratégias para o conseguir. Para além disso, estamos a iniciar uma vertente das atividades para um público mais sénior.